segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rock Nacional Uma Estrada Espinhosa



“Rock Nacional Uma Estrada Espinhosa”


          Em qual estrada o rock nacional caminha? Estamos diante de uma fase de banalização do termo “rock” dentro do contexto nacional. Analisando não profundamente mas friamente a situação atual, podemos dizer que existe o rock da grande mídia e o rock underground. Você deve estar se afirmando, sempre existiu! Com certeza, a grande mídia esta ai para justificar o underground e vice versa, mas a distancia entre um e outro aumentou consideravelmente devido ao desespero das grandes gravadoras em tentarem se salvar da falência, conseqüência da popularização da internet.

          Na última década surgiram bons nomes do rock nacional na grande mídia, quem não se lembra do Charlie Brown Jr que sofria influencia do rock californiano em seus primeiros cds, e esses trabalhos se tornaram referencia no Brasil. O groove do O Surto que emplacou sucessos como “A Cera” e “O Veneno”. Onde foi parar o “Mapa da Mina” do Rumbora? Porque os caminhos espinhosos do rock ofuscaram o Tianastacia da grande mídia? Onde estão as garotas do Penélope, e a “Tropa de Elite” do Tihuana?

          Alguns nomes ainda em atividade mais fadados ao underground, porque não se encaixam na proposta de “rock” das grandres gravadoras. A cena underground, essa sim, que mantem o rock realmente “vivo” no país. Bandas como Baranga, Carro Bomba, Velhas Virgens, Scarceus, Don Capone, Tequila Baby entre tantas outras que continuam fazendo o rock verdadeiramente para seu público.

          Acredito que em nome da modernidade, e dessa busca incessante da sociedade em conseguir a tal liberdade sexual influencie em todos os tópicos do entretenimento, da tv a música. Então nada mais simples do que explorar o fator “sexualidade” no “rock” que a mídia vai jogar para os adolescentes, deu certo lá fora, porque não daria aqui?

          O fenômeno restart é o maior exemplo disso, péssima musica, desastrosa vocalização, e preocupado demasiadamente com o aspecto estético da coisa, atingindo todo tipo de público. produto feito para vender. Essa não é uma crítica apenas ao grupo em questão, essa atualização do “rock” nacional passa por outros grupos que nem vale a pena citar aqui, mas que só existem porque existe mercado para eles.

          Qual o caminho do “rock” no Brasil se tratando de grande mídia? Quem viver verá, eu afirmo que os pilares que sustentam o verdadeiro rock no Brasil estão erguidos no underground, na liberdade de criação e expressão que as bandas independentes possuem, é rock por amor e não por dinheiro, é rock por alegria e não por “lagrimas”.

Por: Marcelo Leite

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