quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Terço - 1974


          Depois de tanto se falar em bandas estrangeiras, que tal citar uma banda nacional de qualidade igual ou superior a qualquer banda de Rock Progressivo mundial?
            O Terço foi um grupo musical brasileiro formado no Rio de Janeiro em 1968 por Jorge Amiden (baixo), Sérgio Hinds (guitarra) e Vinícius Cantuária (bateria).
          Segundo Sérgio Hinds, a palavra terço foi escolhida como nome da banda porque é uma medida fracionária que corresponde a três ou a “terça parte de alguma coisa”, como num rosário. O Terço caiu como uma luva devido a primeira formação da banda, que era a de trio (guitarra, baixo, bateria). Inicialmente, o nome escolhido tinha sido “Santíssima Trindade”, mas para evitar atritos com a Igreja Católica, foi adotado “O Terço”.
          Nos primeiros trabalhos misturando rock tradicional com música clássica e psicodelismo, além de vocais bem elaborados, o grupo colecionou vitórias em festivais de músicas: 1º lugar no “Festival de Juiz de Fora” com “Velhas Histórias”, de Renato Corrêa e Guarabyra e 3º de 4º lugares em duas edições do “Festival Internacional da Canção” (FIC), respectivamente com “Tributo ao Sorriso” e “O Visitante”.
          Depois do primeiro disco, se tornou um quarteto, incorporando Cesar de Mercês como baixista. Pouco tempo depois Amiden deixa o grupo, que volta a se tornar um trio. Mas a fase de maior repercussão foi aquela em que estiveram na banda Luiz Moreno (bateria), Sérgio Magrão (baixo) e Flávio Venturini (teclados e viola), estes dois últimos futuros criadores do grupo mineiro 14 Bis, de grande repercussão nos anos 80.
          Além dos componentes efetivos da banda, participaram dos seus trabalhos, como músicos ou como compositores, diversos artistas que futuramente se tornariam famosos: Sá & Guarabyra, Márcio Borges e Murilo Antunes (mais conhecidos como parceiros de Milton Nascimento e de toda a turma do Clube da Esquina em diversas composições).

Fonte: Last.Fm



1974

          Não sou músico profissional, logo não tenho currículo para descrever esta música nos seus acordes, notas e partituras, tento descrevê-la apenas da maneira que a sinto. Sinto Paz, tranquilidade, vontade de continuar ouvindo, desejo de nunca parar. Descobri o Terço através de um grande amigo, que também é escritor aqui neste blog, o Bruno Siebra. Lembro que, quando ele falou que era uma banda de Rock Progressiva brasileira, primeiro relutei, achei que seria impossível sair um som de qualidade no cenário nacional, tendo em vista que o Rock Progressivo brasileiro está aí, mas é escasso e foge as grandes multidões.
          Mas, ao ouvir 1974, uma única palavra me veio a cabeça: Caraaaaalho! UAHUAHAU! Engraçado, não?! Ouvi aquela melodia instrumental, que pouco tem de vocais e fiquei simplesmente encantado. A música passa uma técnica impecável e uma melodia contagiante. 
O Resto fica para vocês, acredito que qualquer pessoa que ouvir esta música e as outras desta banda vai ficar encantado também assim como eu fiquei, e vai, tornar obrigatório ouvi-la ao menos 1 vez no dia, como eu tornei.


Por CésarJR
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